quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Minha segunda década no Caminho Marcial


Em Julho de 2012, completarei 20 anos de prática marcial.

          Lembro os primeiros passos pelo Caminho, e as pessoas de meu convívio acredito que já estão estafados de saber a história dessa jornada. Não me canso de contá-la. Pois quando penso nas transformações que as Artes Marciais fizeram em minha vida. Acredito que fui um felizardo, por naquele exato momento de minha vida a Senda ter sido mostrada. E a conquista contínua, lutando contra os intempéries da vida para continuar praticando. Sempre perseverando.

          No início foi a luta pela aceitação da família, que eram contra as Artes Marciais. Depois foi a luta para continuar treinando sem ter condições financeiras. Depois foi a luta para conciliar trabalho, família, estudos e Artes Marciais.

          Contrário do que o leitor pode interpretar até agora. Não relato uma história de glórias externas provindas da prática marcial. Não vou falar sobre competições, nem sobre títulos ou troféus.

          Apesar de praticar por duas décadas, não tenho Dan em nenhuma das Artes Marciais que pratiquei. Quando atleta, sempre fui amador. E nunca tive morada fixa dentro do Mundo Marcial.

          Sempre procurei estar de bem com Espírito e seguir o Caminho fiel às minhas convicções. Nunca fui demagogo em estar dentro de algo que não estivesse alinhado com estas convicções. Contudo tenho uma meta vitalícia no Caminho, e passarei a vida toda perseguindo esta.
"Sê fiel a teu verdadeiro se e segue-o como a noite ao dia. Assim não poderás ser falso a homem algum". - Sheakespeare

          Minha forma de pensar sobre as Artes Marciais, não é resultado de uma prática isolada. Mas é o conjunto de vivências dentro de variados estilos: pratiquei por 6 anos o Karatê Shotokan e Wado Ryu, 4 anos o Muay Thai, 2 anos Kung Fu, 3 anos o Bugeiko e por 5 anos fui autodidata.

          Recentemente, por decisão pessoal resolvi seguir o Caminho novamente como autodidata. Já havia trilhado a Via dessa forma, e sei o quanto é difícil caminhar sem um mestre para orientar. Porém, a presença de um mestre as vezes nos torna acomodado. Você deixa de observar o horizonte e fica limitado ao horizonte do mestre.

          Porém, não quero dizer que andar sem mestre significa ser mais rápido ao chegar no objetivo. Andar sem mestre é frustrante e difícil. É preciso aprender com os próprios erros. Se cair, é necessário levantar sozinho e ser perseverante para continuar. A perseverança sempre deve estar presente no espírito de um autodidata.

          Sou um eterno aprendiz. Quem sabe um dia eu venha a alcançar um Dan em alguma das artes que eu pratiquei. Tenho uma espécie de síndrome pré-preta (risos) pois sempre quando estive as vésperas de conquistar o Dan, fui tomado por essa vontade de seguir o Caminho por outra Via. Cheguei a conclusão de que o Dan não é meu foco principal nas Artes Marciais.

          Olho para trás, vejo quem eu era até os 15 anos de idade. Um garoto tímido, que sofria bullyng todos os dias na escola, que vivia sobre a rígida educação de minha mãe que faziam meu casulo se tornar cada vez mais fechado.

          Tinha tudo para buscar refúgio nas drogas. Pensava suicídio, mas tinha um espírito muito covarde para concretizá-lo. Quis fugir de casa, mas era inseguro demais para enfrentar o mundo. Na escola um péssimo aluno, e o bullyng só me bloqueava mais a mente para o aprendizado. Enquanto em casa achavam que a solução para meu problema na escola era ser castigado e espancado.

          Conhecer as Artes Marciais pra mim foi como enterrar meu antigo "Eu" para sempre. Passei a ter auto confiança, aqueles que me humilhavam todos os dias passaram a me respeitar. Não me orgulho em dizer, que minha motivação no início da prática era o desejo de vingança. Mas esse desejo era controlado pelo respeito às regras do Dojo e ao Sensei. Minha vontade de praticar e ser forte me guiava firme pelos princípios éticos.

          O convívio em casa sempre foi difícil. Pois meus pais não conseguiam aceitar o levante daquele que sempre aceitava tudo passivamente. Enfim tinha me tornado um Homem e a ter uma personalidade. Isso era difícil para meus pais aceitarem. Então, eles disseram que a culpa disso era o Karatê que eu praticava. Tudo era culpa do Karatê. Pois o Karatê fez com que aquele garoto tímido ganhasse voz. Na escola já não ia mal, passei a ser um estudante acima da média com a condição de continuar treinando. Boa nota era a minha barganha para poder frequentar o Dojo.

          Mas apesar de estar melhor em muitos aspectos, meus pais continuavam não aceitando que eu treinasse. Uma vez minha mãe chegou até a cortar com a tesoura meu Karatê-gi para que eu não treinasse mais. Continuei treinando mesmo com o Uwagi remendado. Nada mais iria me fazer desistir.

           Comecei a trabalhar fora com 16 anos, e então nada me fez parar de praticar.

          Cheguei então aos meus 22 anos, já tinha minha família e filhas. Tinha meu emprego fixo, na empresa que trabalho até hoje. Nessa época, com a vontade de experimentar lutas mais próximas da realidade comecei a praticar o Muay Thai. E comecei a lutar no ringue. Mas, minha maior luta era contra a vontade dos meus pais. Porque não havia meios de aceitarem que eu era um atleta marcial. Para eles Arte Marcial era coisa de marginal, e que não me traria futuro algum.

          Pratiquei o Muay Thai por muitos anos. Estava entre os alunos mais graduados e mais antigos da escola. Tinha total confiança do meu mestre. Mas, estava me sentindo vazio. Sentia que algo estava faltando, e não estava me sentindo feliz. Uma lesão na articulação do fêmur passou a me incomodar de forma crônica. A dor já não deixava mais eu treinar, tampouco tinha condições de lutar. Entrei numa fase de decadência física e mental que resultou em um quadro depressivo.

          O vazio em meu espírito só aumentava. Um atleta em decadência sempre é alvo de críticas maldosas, e aqueles que se diziam amigos se afastam.

          Mas dentro dos altos e baixos da vida, quando somos perseverantes aprendemos com a derrota. Estava decidido a dar um tempo ao Muay Thai. E soube através de amigos que estavam acontecendo treinos de Kung Fu. Sempre tive vontade de conhecer e praticar esta Arte, e fui em busca.

          Fiquei simplesmente encantado com o que vi, também com as pessoas que praticavam. O Sh'ifu era uma pessoa bastante simples e mostrava bastante comprometimento com o que estava ensinando. Deixei de lado a oportunidade de ser graduado faixa preta em Muay Thai, para ser iniciante no Kung Fu.

          O Kung Fu além de outra forma de condicionamento físico, me deu flexibilidade me abriu a mente para outra forma de entender as Artes Marciais. A filosofia do Kung Fu é fascinante. Até então nunca tinha me aprofundado na filosofia marcial. Mesmo tendo praticado o Karatê por tantos anos, e com a maravilhosa filosofia que esta Arte tem, por ignorância e falta de acesso à informação nunca me aprofundei.

          Quando estava praticando o Kung Fu foi exatamente na acensão do acesso à internet, em meados de 2002. A vontade de aprender, e a facilidade aos conteúdos pela internet me fizeram juntar um precioso material de estudo. E este material não se limitava ao Kung Fu, mas pude estudar sobre todas as Artes Marciais que havia praticado. Corri atrás e consegui recuperar o tempo perdido.

          Uma nova metamorfose em minha vida tinha início. Pois a forma de viver as Artes Marciais acabava de mudar. Minha busca que antes tinha objetivo físico, passou para uma prática espiritualizada. Busquei conhecer a filosofia budista, o zen, e pesquisar tudo o que conseguia sobre o Tetsugaku.

          Em 2004, tive que me dar uma pausa ao Kung Fu porque havia passado no vestibular. Iniciei minha caminhada sendo autodidata.

          Com a internet em mãos e a vontade de aprender, me empenhei em conhecer os mais diversos estilos de luta. Também à leitura de temas relacionados ao Zen, à filosofia marcial. Todo conteúdo que achava interessante na construção do caráter passei a ler. E passei a me dedicar ao estudo de vídeo aulas.

          Em 2005, voltei à pratica do Muay Thai. Com um perfil diferenciado de que quando saí em 2002, sendo aluno mais graduado passei a ministrar aulas aos sábados ao mesmo tempo que praticava. Minhas aulas tinham um perfil Zen. Pois paralelamente ao treinamento marcial eu incorporei aos treinamentos momentos de estudo e a falar sobre a filosofia desta e outras Artes. Alguns gostaram dessa iniciativa e em pouco tempo estava com uma turma de 25 alunos. Porém, outros que tinham um perfil mais competitivo diziam que era perda de tempo. Mas eu estava muito feliz.

          No final de 2005, tive alguns problemas pessoais que me afastaram novamente da prática. Minha mãe estava com uma doença terminal. Um turbilhão de problemas tomou meu tempo disponível. Voltei a me dedicar aos estudos separado de qualquer escola. Tive de me tornar meu próprio mestre, para se policiar constantemente e não deixar de vez o Caminho.

          A pesquisa, me fez tomar grande apreço pela filosofia japonesa, pela qual senti muita afinidade. Pensei quanto tempo eu havia perdido dentro do Dojo de Karatê sem tomar conta da maravilhosa filosofia que esta tem. Nesta linha de pensamento iniciei sozinho o estudo do Kenjutsu. Através de video aulas eu praticava o Iaido e o Kobudo. Estudando vídeos aprendi diversos kata de Kenjutsu, e o manejo de algumas armas como a Tonfa. Como sozinho é difícil caminhar, junto de alguns amigos criamos um grupo de estudos de Artes Marciais. Juntos praticamos por alguns meses a Arte da Espada. Chegamos até mesmo a se apresentar numa amostra de Cultura Japonesa em minha cidade.

          Cheguei na reta final da universidade em 2008, e meu tempo se afunilou. Tive que parar com os treinamentos para concluir minha pesquisa de conclusão de curso, estágios, etc. Também sofri alguns impecílios com o Conselho Regional de Educação Física de minha cidade. Por não ser faixa preta, eu não podia estar ministrando um grupo.

          Em 2009, soube através dos mesmos amigos que praticavam comigo o Kenjutsu que uma escola de Artes Marciais Tradicionais Japonesas chamada Bugeiko Inzando Ryu tinha se instalado em minha cidade. Na mesma época eu tinha voltado a praticar o Muay Thai, pois estava próximo meu exame de faixa preta. Porém, como estava sentindo fortes dores nas costas e estava sem treinar por alguns dias, resolvi ir conhecer a nova escola.

          Fiquei novamente maravilhado com a nova arte que eu acabara de conhecer. O Reigi praticado naquele dojo era fantástico. O Dojo mais parecia uma família que uma escola. Pois todos eram muito gentis, e preocupados com o crescimento mútuo. E era praticada ali a filosofia japonesa que eu tanto aprecio. Não exitei em deixar novamente a oportunidade de me graduar faixa preta em Muay Thai, para novamente iniciar uma Arte Marcial da estaca zero.

          O Bugeiko Inzando Ryu, é uma arte marcial recente, com raízes nas antigas tradições. SResultado do trabalho do Kyoshi Federico Dinatale, praticante de Artes Marciais há 30 anos. Que sistematizou dentro das áreas que ele estudou uma nova Arte Marcial, baseada em sua experiência como praticante de diversos estilos tradicionais (Shugendo, Ninjutsu, Karatê, entre outras).
        
          Recentemente pedi afastamento do Ryu. Decidi retomar meu estudo autodidata, dar mais atenção à minha família e cuidar melhor do meu lar. Tenho esposa e duas filhas adolescentes que precisam de minha presença.

          Tenho respeito pelo Ryu,  e pelos irmãos que comigo praticaram. Vivenciei boas experiências no Dojo que somaram para meu desenvolvimento. (Neste parágrafo encerro meu relato sobre a prática no Bugeiko).

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          Dentro de mim habita o espírito de um Ronin.  Apesar das Artes Marciais fazerem parte de meu espírito, nunca fui fanático por nenhum estilo a ponto de sacrificar minha família. Se para estabelecer o bem estar desta for preciso seguir o Caminho sozinho, assim eu o ferei, e fiz. Me acostumei a ser um peregrino no Caminho.

          Meu espírtito que é bastante combativo não consegue mais "aprender a lutar sem lutar". Aprender a Lutar sem Lutar, é o mesmo que aprender a andar de bicicleta sem nunca subir na mesma. Só se aprende a lutar, lutando. É preciso ter um equilibrio entre a espiritualidade e a combatividade (farei um tópico abordando exclusivamente este tema em breve)

           Estou decidido a lutar novamente. Para isso, estou praticando em casa as técnicas de Muay Thai. Em agosto está previsto um campeonato de Kickboxing em minha cidade, e estou disposto a subir no ringue novamente para combater.

          Não para conquistar um troféu, mas para colocar as habilidades à prova. Existe uma grande diferença entre praticar os golpes junto ao companheiro que se torna submisso à técnica e o oponente real que estara à sua frente com ferocidade selvagem. Num combate real colocamos a Técnica e o Zen à prova. Pois aquele que tem medo, pelo medo será derrotado.

          Hoje, com 35 anos posso não ter o mesmo vigor físico de quando tinha 18. Mas, minha vida inteira foi adornada por desafios. Batalhar por objetivos não é um fator que me intimida.

          Por hora, estou me dedicando a ensinar minha filha mais jovem que hoje tem 14 anos e através dela vai continuar o legado Marcial que comecei em minha família. Vou um dia ter um Dan? Não sei. Também não me preocupo com esta questão. O Dan deixou há muito tempo de ser um objetivo em minha vida.
          Quando olho o passado, 20 anos atrás, vejo aquele menino tímido que um dia eu fui. Reconheço que recebi bem mais do que mereço das Artes Marciais. Se hoje tenho um caráter sólido, um espírito destemido e por nunca ter desviado por caminhos fáceis apesar das dificuldades. É o resultado direto do trabalho e empenho dos Antigos Mestres que deixaram seu legado até os dias de hoje para aqueles que acreditam no Caminho.

          E só tenho a agradecer ao trabalho dos Mestres que direta ou indiretamente me orientaram e influenciaram minha Caminhada:

Bugeiko Inzando Ryu: Kyoshi Federico Dinatale
Karatê Shotokan: Sensei Guilherme Antonio Carollo (Academia Nippon - Se o senhor não tivesse ido embora da cidade seria seu aluno até hoje), Sensei Márcio Martins (Nippon), Sensei Gisele (Nippon), Sensei Cristina (Nippon), Sensei Rosevaldo (Nippon), Sensei Sansão (AGKT).
Karatê Wado Ryu: Sensei Dilceu Rossoni (Rossoni Artes Marciais - Um verdadeiro Sensei, se há algo nessa caminha que me arrependo, é ter deixado de praticar em seu Dojo. Uma pessoa a qual me orienta até os dias atuais cada vez que tenho a felicidade de encontrar).
Karatê Shorin Ryu: Hanshi Mauricio Troncoso.
Muay Thai: Mestre Célio Rodrigues (Academia Muay Thai - me emociona encontrar o Mestre, que despertou o Tigre que hibernava em meu espírito), Instrutor Valdir (Ac. Muay Thai), Instrutor Cristiano Thomas (Ac. Muay Thai), Instrutor Rogério Kleppa (Ac. Muay Thai).
Kickboxing Full Contact: Mestre Edson (Rossoni Artes Marciais).
Kung Fu Young Chen: Sh'ifu Luis Alves.

           A Caminhada continua, e por enquanto voltei a ser minha Própria Lamparina. Trilhar o Caminho Marcial é seguir um Caminho sem Fim.

          Já repeti esta história não sei quantas vezes. E repetirei não sei quantas vezes mais. Porém não canso de repetir a todos que queiram ouvir. Ninguém acreditava que um NERD como eu, qual todos riam quando este falava sobre qualquer esporte iria chegar tão longe. Riram quando viram eu entrando no Dojo pela primeira vez.

          Contudo, se não fossem aqueles que riram de mim, talvez eu não tivesse me esforçado para se superar.

          As Artes Marciais deveriam ser o refúgio daqueles que se sentem excluidos e injustiçados pela sociedade. Não há melhor remédio para a baixa estima ou para a depressão do que vestir o Gi e vencer os demônios internos dentro de um Dojo.


DOMO ARIGATO GOZAIMASHITA

3 comentários:

Armando Inocentes disse...

Este post é uma daquelas coisas BELAS que se podem ler sobre aquilo que fazemos, aquilo que praticamos e sobre a vida de uma pessoa que não é um campeão mas é um vencedor.

Caro Eduardo, há pessoas com histórias parecidas coma sua... e como dizia o filósofo, não interessa o número de vezes que caímos, interessa o número de vezes que nos levantamos.

Mas deste escrito, para além da persistência e da combatividade do autor, há outros ensinamentos pedagógicos a retirar:

1º - "A presença de um mestre às vezes nos torna acomodado. Você deixa de observar o horizonte e fica limitado ao horizonte do mestre." Embora se possa dizer que há mestres e mestres, há uma altura em que você tem de investigar, pesquisar, e ir para além do próprio mestre (embora repare que nunca irá conseguir chegar aos seus calcanhares...);

2º - "A perseverança sempre deve estar presente no espírito de um autodidata. Sou um eterno aprendiz." Ser paciente e nunca desistir - esse é o segredo! Todos continuamos a ser aprendizes - uns aprendem coisas boas, outros coisas menos boas...

3º - O Eduardo não tem Dan - nem precisa dele! Eu por acaso tenho, mas fui sempre examinado só, sempre e quando me obrigaram a isso. Não é isso que nos move...
"O Dan deixou há muito tempo de ser um objetivo em minha vida." Mes mo sem ser esse o objetivo, haverá um dia em que terá um Dan - concentre-se nisso!

4º - "Contrário do que o leitor pode interpretar até agora. Não relato uma história de glórias externas provindas da prática marcial." ESTÁ ERRADO Eduardo San. Você relata uma história de glórias que se devem à sua prática! A não ser que seja falsa modéstia, mas parece-me não ser de não ser de acreditar nisso!

5º - "Aprender a Lutar sem Lutar, é o mesmo que aprender a andar de bicicleta sem nunca subir na bicicleta. Só se aprende a lutar, lutando. Estou decidido a lutar novamente." Obrigado por me ensinar a rever isso...

6º - Com 35 anos? Aos 35 eu passava por coisas parecidas com isso! Que terei eu a dizer aos 55? E visto o Gi todos os dias, excepto à 6ª e ao domingo!

Você leva 20 anos de prática... eu levo 38... e só espero que as nossas histórias, os nossos sacrifícios, os nossos embates, sejam transmitidos aos nossos filhos e filhas e eles saibam compreender isso, com paciência e sem desistirem. E já agora, com outra coisa muito importante: RESPEITO, por si próprios e pelos outros.

Grande abraço!

Armando Inocentes disse...

No meu 2º parágrafo, é lógico que "coma sua" deverá ser COM A SUA...

As minhas desculpas Eduardo San.

Eduardo Lara disse...

OSS Inocentes Sensei:

Agradeço de coração por suas palavras. Me sinto privilegiado cada vez que deixo no blog uma "rocha bruta" em forma de palavras, e estas são lapidadas.
Sua observação sempre me faz entender por outro prisma as próprias reflexões.
Mesmo com um grande oceano que separa os continentes em que moramos, contudo, digo de forma sincera quando me dirijo ao senhor como "Sensei". Pois tem sido para mim um guia.
É em pessoas como o senhor que busquei inspiração para jamais deixar de acreditar no Caminho.

Um grande abraço!!!