quinta-feira, 12 de julho de 2012

A fantasiosa influência do Animê nas Artes Marciais

          Na última década, os desportos de contato se difundiram através da popularização do MMA. Porém, houve um coadjuvante nessa difusão devido sua grande aceitação entre os jovens. Que são os desenhos animados japoneses, tradicionamente chamados de Animê. Desenhos animados que abordam vários temas, em sua maioria com relação nas Artes Marciais. Sendo os que abordam esse tema os que mais encantam os jovens.


          Juntamente com a cultura do Animê, se iniciaram as amostras de desenhos japoneses em diversas cidades. E também a popularização do Cosplay, que consiste na pessoa vestir-se como seu personagem favorito. Uma espécie de concurso de fantasias.

          Um dos mais populares, senão o mais popular Animê entre os jovens, é a série Naruto. Um seriado que vem sendo exibido desde 2002. Sendo inicialmente exibida na TV por assinatura, vindo mais tarde a ter parte da série que possui centenas de episódios a ser exibida na TV aberta. Que conta a história de um jovem ninja em busca de reconhecimento, que tem como sonho tornar-se o líder de seu clã.


          Com a popularização desse seriado, o Ninjutsu tornou-se centro das atenções aos olhos de muitos jovens que apreciam o personagem. Muitos jovens passaram a procurar as antes secretas escolas de Ninjutsu, para quererem aprender a arte das sombras, assim como a arte do Kuji-kiri. Visto que esse tema está bastante presente nesse seriado.

          Aproveitando essa deixa comercial. O que observamos, tomando como exemplo o Brasil, foi a abertura de diversas escolas de "Ninjutsu". Mas nascidas (sem generalizar) de um fenômeno extremamente comercial, visto que o Ninjutsu teve origem com base em uma necessidade social.

          O shinobi (ou ninja) deixou de ser um agente secreto mercenário, com métodos não ortodoxos de combate. Passando a ser uma das figuras mais expostas da internet, mesmo por aqueles que se dizem "mestres" da arte. Pois é muito comum, buscando figuras no google, ao utilizarmos certos termos de pesquiza como: ninja, mestre ninja, ninjutsu, shinobi; que encontremos algum homem enfezado e com cara de mau, porém com uma ampla medida na cintura. Se entitulando "instrutor de ninjutsu".


          Porém, não passam de mestres em "Engenharia Social". Pois são cheios de teorias, de palavras bonitas. Mas de pouca amostra prática do que dizem conhecer. Um exemplo simples de ser enfatizado é o próprio Kuji-kiri, muitos exibem os selos com as mãos, falam mantras, falam diversas teorias, porém não apresentam nada funcional. São verdadeiros mistificadores da prática. De tanto mentir, acabam vivendo em um estado de vida alienado à própria mentira.

          Assim, o animê ao mesmo tempo que popularizou as Artes Marciais, abriu portas para o surgimento de muitos "mestres". Que apareceram aos milhares em diversas modalidades de esportes de contato. No Brasil chegaram até a criar um livro, entitulado: GRANDES MESTRES DAS ARTES MARCIAIS. Onde basta pagar e ter seu nome registrado na lista dos "Grandes Mestres".

          O Animê foi um dos grandes mistificadores, pois faz com que o jovem acredite que as habilidades sejam alcançadas na mesma velocidade que os personagens de desenho alcançam. Então passam anos enriquecendo os "mestres mistificadores", aprendendo de forma aleatória técnicas sem efetividade. Técnicas de Animê. Pensando que um dia conseguirão lançar bolas de fogo pelas mãos. Muitos jovens tomam o Animê como uma filosofia de vida.

          Assim, aos poucos a Verdadeira Arte Marcial vai morrendo.

OSS!



     

2 comentários:

Armando Inocentes disse...

Lara san:

A Verdadeira não vai morrendo... JÁ MORREU!

Tanto no ocidente como no oriente, nós é que andamos enganados!

Abraço!

Eduardo Lara disse...

OSS Inocentes Sensei!

Para pessoas como nós que temos a Arte Marcial sendo uma espécie de crença religiosa.
Como no Cristianismo que esperamos a volta de Jesus. Jamais aceitamos que a Arte Marcial realmente morreu.
Ainda resta dentro de nós a esperança de que há de ressussitar.

Um grande abraço!